Asesor de la causa de los niños de Fátima y autor de 'La esperanza del perdón'

Pedro Valinho Gomes: «El cuidado, el perdón y la reparación son de lo más profético que se puede vivir»

"La Iglesia no debe vivir para sí misma, sino para los que más la necesiten"

Pedro Valinho Gomes: "El cuidado, el perdón y la reparación son de lo más profético que se puede vivir"
Pedro Valinho Gomes RD

O segredo de Maria é que aponta para Cristo. Sempre. Nada em si é sobre si mesma... Não é autorreferente. E essa é talvez a proposta mais radical que tem o cristianismo a oferecer ao mundo.

(Euquerio Ferreras).- Además de ser el director del Centro de Formación y Cultura de la diócesis de Leiria-Fátima, y profesor invitado de la Universidad Católica portuguesa, Pedro Valinho Gomes también es asesor de la causa de los niños de Fátima. Ha aprovechado todas estas experiencias para redactar su nuevo libro La esperanza del Perdón, el cual presenta en esta entrevista con RD.

¿Qué reflexiones hace, en que piensa Pedro, cuando ve tantos peregrinos?

Gosto de me recordar que os peregrinos de Fátima são protagonistas deste lugar. Há cem anos que milhões de peregrinos se fazem a caminho desta terra perdida na serra por nenhum outro atrativo que não seja a promessa de um Deus presente.

Fátima é, antes de tudo, lugar em que os peregrinos encontram um memorial da presença de Deus, através do colo materno de Maria. Quando se colocam a caminho de Fátima, as pessoas procuram esse colo materno que fala do cuidado e da ternura de Deus e vêm ao santuário porque acreditam aqui encontrar essa experiência do acolhimento incondicional. Isto responsabiliza-nos muito, porque somos veículos desse colo materno, mas também nos faz perceber que, em igreja, vivemos para isto: para dar a saborear às mulheres e aos homens deste mundo a presença de um Deus próximo, misericordioso e belo.

Em Fátima, os peregrinos chegam com a nudez de toda a sua vida, com alegrias e tristezas, esperanças e dores: é o humano todo que ali temos, nas grandes assembleias ou no segredo dos pequenos gestos – como o acender de uma vela. Nesse gesto quase insignificante está, tantas vezes, a expressão de todas as esperanças daquela pessoa. Creio que, nas suas múltiplas expressões, os peregrinos vêm dizer uma de duas palavras: «obrigado» ou «eu confio» – «obrigado, ó Deus, por quanto recebo da tua presença na minha vida», ou «eu confio, ó Deus, que tu estás presente na minha vida e acolherás os anseios do meu coração». Tudo gira em volta deste reconhecimento primordial de Deus.

Belén, Jerusalén, Fátima, Ajustrel, Pontevedra, Coimbra, ¿Qué relación tienen?

É o traçar da geografia de Fátima. Fátima apenas se entende em referência ao evangelho e ao mistério da encarnação e paixão de Cristo. A esperança que brota em e Belém e Jerusalém é a esperança recordada no acontecimento de Fátima, na Cova da Iria e Aljustrel, em Pontevedra e Tuy. E, no entanto, diria ainda mais: cem anos depois, compreendemos que a geografia do acontecimento de Fátima é bem mais extensa do que se poderia antever.

Falar de Fátima, à luz da sua mensagem e da história destes cem anos, é evocar outros lugares e povos que, nas tribulações do último século, encontraram em Fátima uma âncora de luz e de esperança para a vivência da fé. Não creio que saibamos dizer o quanto Fátima representou e representa ainda para tantos povos oprimidos na sua fé e na sua existência, mas estou certo de que para muitos a invocação de Fátima foi e é uma forma simples, sintética e pedagógica de recordar essa verdade central do evangelho de que Deus está presente e vive comigo os dramas da história.

¿La vida humana-cristiana, como camino-peregrinación, es válida hoy?

Creio que continua a ser a melhor metáfora para o que somos enquanto seres humanos e para o que acreditamos e vivemos enquanto cristãos. O peregrino – e particularmente o peregrino de Fátima – não caminha por caminhar: mais do que a experiência do caminho, é a atração da meta que o dinamiza, a promessa do encontro no e com o lugar que aponta para Deus (e nesse sentido, também o santuário é lugar de caminho).

Creio que é essa a experiência que fazemos enquanto igreja: atravessamos o mundo, isto é, fazemos Páscoa, travessia que é peregrinação rumo ao colo de Deus. Obviamente o caminho é já lugar de encontro e de presença de Deus, de descoberta da minha identidade e de confronto com a vida de tantos outros peregrinos. Mas isso acontece apenas porque o peregrino ruma a um horizonte específico do qual alimenta o seu caminhar. Aquele que não sabe a razão ou o destino do seu caminhar, está simplesmente perdido. O alimento do peregrino é o seu horizonte.

¿Cuál es el papel de los grandes santuarios?

A missão de um santuário há de ser a de pontuar a existência das mulheres e dos homens com a afirmação da presença de Deus e do seu cuidado pelo mundo. No fundo, são um convite escandaloso – pelo menos aos olhos do mundo – a ter esperança porque, neste tempo da espera, neste tempo que tantas vezes aparenta ser absurdo e que, portanto, não convida a esperar, há a presença de um Outro que nos interpela a converter as nossas rotinas monótonas com a luz que irrompe desde fora, desde uma outra lógica que não a nossa.

Nesse sentido, parece-me relevante que as competências sobre os santuários tenham sido transferidas para a alçada do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização. É um sinal de que a igreja compreende que estes oásis de espiritualidade, visitados por crentes e não crentes, pelos que vivem na comunidade eclesial e pelos que estão nas periferias da igreja, são lugares de evangelização e de alimento da vida cristã.

¿El mensaje de Fátima es…?

Gosto de recordar que Fátima nasce no olhar simples e transparente de três crianças. Este ponto parece-me essencial para começarmos a compreender o que Fátima é. Numa época dramática na história do mundo, que se debatia, pela primeira vez, com a globalização de uma guerra e com uma instabilidade política e social extraordinária e os consequentes sofrimentos entre os mais frágeis dos povos, Fátima surge como um dom que é confiado a três biografias a quem o mundo não atribuiria qualquer relevância.

E, por isso, Fátima é o recordar de uma certeza central do evangelho: que Deus fez morada entre nós e que este compromisso com a humanidade não se esgota, é aliança para sempre, que se desenvolve através da generosidade dos mais humildes.

Fátima é, antes de tudo o mais, um desafio feito à igreja de Cristo: neste mundo concreto, tão autorreferente e senhor de si mesmo, a igreja há de encarnar o jeito do Cristo, há de viver não para si mesma, mas para os que mais precisarem. E, por isso, Fátima não traz coisa nova: traz a boa nova. E isso é tudo.

¿Por qué suscitó tanto interés el «secreto de Fátima»?

A dimensão do secreto é sempre fonte de interesse, seja porque nos remete para a dimensão da intimidade com Deus, seja por outros motivos bem menos relevantes. Houve, de facto, um grande interesse no segredo de Fátima, que se materializou inclusive em conjeturas sobre o que seria a terceira parte do segredo, apenas dado a conhecer no ano 2000.

De todos os modos, o chamado segredo de Fátima condensa bem a mensagem deste acontecimento: trata-se de situar a liberdade humana diante da vida; a liberdade humana que é capaz de Deus e capaz do amor – e a imagem do Coração Imaculado de Maria reporta-nos precisamente para essa vocação universal do humano a ser à imagem, como que à semelhança de Deus, como nos descreve o relato da criação, no livro do Génesis -, mas capaz também de rejeitar a Deus e rejeitar o amor, caindo na solidão e «deformando» a sua vocação original – e é inferno, como descrito na visão do segredo de Fátima. Estas liberdades que, em igreja, são chamadas a oferecer a vida pelo mundo, ao jeito de Jesus, na cruz, mesmo que este mundo aparente ser uma cidade arruinada (ou tanto mais quanto este mundo pareça ser essa cidade arruinada) – e é a terceira parte do segredo de Fátima.

¿Cuál es tu opinión sobre los Papas y Fátima, por ejemplo, la reciente visita de Francisco…?

Há uma repetida menção a um bispo vestido de branco na mensagem de Fátima que suscita naturalmente essa relação entre o papado e Fátima. A Jacinta teve, mais do que uma vez, a visão de um bispo de branco em oração e em sofrimento. E a terceira parte do segredo de Fátima representa uma multidão de peregrinos encabeçada por um bispo vestido de branco, que atravessa a cidade rumo à cruz que se situa no cimo de um monte, diante da qual é morto.

Desde o início do acontecimento de Fátima, ainda com os videntes, até hoje, se reza constantemente pelo Papa na Cova da Iria, que é uma forma de compromisso com a igreja universal e as suas preocupações. E não é difícil encontrar pontos de contacto de todos os Papas do tempo de Fátima com este Santuário. Creio que, acima de tudo, o que sai reforçado nesta relação é a compreensão de que o que Fátima propõe é um carisma à Igreja a ser vivido no tempo que é o nosso.

A peregrinação de Francisco vem sublinhar isso mesmo. E creio que a sua visita vai em linha com as viagens programáticas do seu pontificado: o Papa dos gestos proféticos, que falam ao mundo do cuidado dos mais frágeis e da misericórdia incondicional, encontra em Fátima a mensagem da Senhora do Coração cheio de Deus que desafia a Igreja a dar-se até ao extremo em favor dos que mais sofrem, dos mais frágeis, dos sem amor.

¿Hay que revisar la espiritualidad de Fátima?

O bispo de Leiria-Fátima, D. António Marto, recordava-nos recentemente que a mensagem de Fátima é sempre nova. Enquanto eco do evangelho, ela é de sempre e para sempre, mesmo se particularmente urgente para um tempo histórico específico. Nesse aspeto, a espiritualidade de Fátima não precisa de revisão, porque assume toda a mensagem e todas as práticas dos peregrinos em cem anos de história.

Mas, obviamente, há que a ler com as ferramentas que a teologia nos empresta e com a compreensão que estes cem anos de história nos oferecem já. Fátima não é autorreferente. É, antes de mais e acima de tudo, acerca do evangelho e a espiritualidade que propõe é o sublinhar de traços específicos do evangelho: adorar, converter-se, cuidar, orar, sacrificar-se, reconciliar, reparar, solidarizar-se, amar…

Decía Pablo VI: «el cristianismo no es la religión de María, pero tampoco sin María».

Há tempos uma revista internacional fazia capa com a figura de Maria e o título «A mulher mais poderosa do mundo». É muito interessante que esta judia de quem sabemos tão pouco se tenha tornado figura de referência não apenas para a igreja, mas para o mundo. Para o cristianismo, Maria é referência porque é companhia próxima e constante – é aquela que «estava com eles», nos primeiros tempos da Igreja, como nos recorda os Atos dos Apóstolos – mas sobretudo porque figura a vocação da própria Igreja: a mulher que não é sequer protagonista na sua própria história porque a sua história gira fundamentalmente em torno de Deus.

O segredo de Maria é que aponta para Cristo. Sempre. Nada em si é sobre si mesma. Também em Fátima, Maria é apenas veículo da Luz de Deus. Ela mesma o afirma: «O meu imaculado coração será o teu refúgio e o caminho que te conduzirá até Deus». Não é autorreferente. E essa é talvez a proposta mais radical que tem o cristianismo a oferecer ao mundo.

Ante los reciente atentados, la quema de los bosques, otras catástrofes, ¿cómo responde el ser humano?

A história dos nossos dias pode fazer-nos pensar que somos, de facto, aquela cidade arruinada da terceira parte do segredo. As nossas respostas multiplicam-se com os tons do medo, da angústia, do desespero, da vingança, que consequentemente geram medo, angústia, desespero e vingança. Se a Igreja tem algo a dizer ao mundo é precisamente a alternativa que o evangelho propõe – e que Fátima recorda: a alternativa que quebra os ciclos viciosos em que apostamos a vida para viver uma outra lógica, do dom e do cuidado do outro, mesmo do inimigo. O cuidado, o perdão e a reparação são do que mais profético se pode viver hoje e sempre.

¿Héroes o Santos?

No nosso mundo – e até mesmo em igreja -, continuamos a procurar a figura do herói com a qual alimentamos o nosso imaginário. Quando atravessamos períodos difíceis na nossa história pessoal ou comunitária, olhamos constantemente o horizonte em busca do herói. O herói é aquele protagonista da história que não falha. Que não pode falhar. E creio que é isso mesmo que tantas vezes procuramos ser também nós: heróis, senhores de si mesmos, dominadores dos outros, incapazes de admitir o erro nosso e dos outros, porque o léxico com que trabalhamos não é o do perdão, mas o da vitória.

O santo é de outra estirpe. É aquele que não vive a tirania da eficácia e do sucesso, porque sabe que a história não depende de si, nem gira fundamentalmente em torno de si mesmo. O santo sabe até que, quando falhar – porque, sim, o santo vai falhar -, pode contar com o perdão daquele que é o Protagonista da História.

O herói é a figura do sucesso e da vitória. O santo é a figura da humildade (isto é, da sua verdade) e do compromisso com os demais. A Igreja, que não é chamada a ter sucesso ou a vencer sobre o mundo, poderá ter muito a aprender com esta metáfora do herói e do santo. Até mesmo numa altura em que aparentemente vê o seu espaço de reconhecimento público diminuído, a Igreja pode estar a ser chamada a ser santa no deserto, aceitando o protagonismo que é sempre só o de Deus.

¿Hay tendencias hoy de que el ser humano puede hacerse a si mismo, buscar lo inmediato del placer, vivir virtualmente. ¿Hay sitio para el Absoluto?

O profeta Jeremias recorda-nos as cisternas rotas, incapazes de conter a água, que constantemente procuramos, quando a fonte da água viva é uma apenas. Uma vez mais, a metáfora do herói: na época do self-made-man, do super-homem pós-moderno e pós-verdade, do indivíduo-capaz-do-prazer-instantâneo, vivemos a ilusão de que nada é impossível, inclusive a felicidade verdadeira. O drama – que esta sociedade traz à evidência por todos os poros – é que o super-homem, mesmo quando é capaz do prazer instantâneo, vê escapar-lhe por entre os dedos a felicidade. Ao absolutizar-se a si mesmo, escapa ao humano a verdadeira dimensão do Absoluto.

O mundo virtual, os projetos de autoconstrução do humano, o prazer epidérmico resultam sucessivamente em fraturações do humano. Creio que, hoje, será necessário procurar nessas fraturas, nessas brechas do humano onde o Absoluto poderá irromper. A pastoral da igreja não pode esquecer que o trabalho de evangelização não é o de transmissão de uma doutrina, mas o de oferta de uma Presença, e particularmente quando o humano se encontra mais fraturado.

¿Para qué sirve la iglesia en Europa?

Essa é a pergunta que nos falta fazer: para que serve a igreja neste velho continente em busca de identidade. A oportunidade que temos, nesta velha Europa, é a de não procurarmos protagonismo numa história que já não nos oferece qualquer relevância; antes, procurarmos o silêncio transformador, que afirma profeticamente a presença de Deus na esfera pública – mesmo que queiram claramente empurrar a fé para a esfera privada – e dá carne à esperança escatológica que a anima, em comunidade, já neste mundo.

Tal como Israel, que era chamado a ser luz das nações, e tal como os primeiros discípulos do Cristo, que foram definidos como sal da terra e luz do mundo, a Igreja há de ser presença que aponta a luz, sem pretensão de ser domínio. A travessia no deserto tem sido, historicamente, benéfica até para a conversão da própria Igreja. Veja-se o movimento de compromisso de fé que surgiu com os padres do deserto. Se sabemos que não somos heróis, isto é, que o protagonismo desta história gira em torno de Deus, não há que temer o deserto.

Contemplación y compasión, ¿actitudes actuales?

Contemplação e compaixão são atitudes fundamentais propostas no evangelho e, por isso mesmo, completamente atuais. A contemplação traduz-se em colocar continuamente a vida diante de Deus, aprender dele o jeito de ser até respirar Deus por todos os poros. Quando isso acontece, a compaixão é consequência natural: aquele que vive de Deus, vive como Deus, compassivo, misericordioso, e nenhuma dor humana lhe é alheia; por isso, se compromete até ao extremo, até à doação da própria vida.

Em Fátima, contemplação e compaixão são palavras-chave da mensagem e encarnam concretamente nas vidas dos santos Francisco e Jacinta. Estas duas crianças – as primeiras na história da Igreja a serem reconhecidas como santas, não tendo morrido mártires (o que significa que a Igreja reconhece que também as crianças são, ao seu jeito, capazes de maturidade de fé) – vivem completamente dedicadas a Deus e aos homens: o Francisco mais contemplativo, admirador da beleza de Deus, e Jacinta mais compassiva, disposta a dar-se toda pelo bem dos que mais precisassem de amor. Fazem uma boa síntese do que a Igreja é chamada a ser.

Hoje talvez seja precisamente o que há que viver: voltar a encher o olhar e a vida de Deus, pela contemplação, que leva necessariamente ao cuidado dos outros, particularmente dos mais frágeis, pela compaixão.

La vida religiosa, la misión…¿Qué dicen al hombre de hoy, tienen futuro?

Estou convencido de que a vida religiosa tem um papel fundamental para a igreja: o de dizer à igreja de uma forma radical aquilo que todos, em comunidade eclesial, são chamados a viver. A castidade, pobreza e obediência são a expressão de um compromisso que fundamentalmente diz que o crente é todo de e para Deus.

A igreja continua a precisar dessas mulheres e homens que vivem não para si mesmos mas em função da comunidade, como metáfora do que a comunidade é chamada por Deus a viver. A vida de um religioso é, para todos efeitos e segundo o olhar do mundo, a vida de um fracassado. Aquele que não vive sequer para si mesmo está nos antípodas da história de sucesso que o mundo apregoa.

Creio que, em Igreja, devemos evitar qualquer discurso sobre a vida religiosa que alinhe com um marketing da garantia da felicidade, da eficácia de realização na vida. Acima de tudo, o religioso não se faz religioso para ser feliz, mas porque se sabe chamado por Deus para assim viver, completamente dedicado a um projeto que não fez, nem sonhou, mas que Deus sonhou para ele. A história do religioso há de ser fundamentalmente a da vida de Deus naquela biografia concreta.

A responsabilidade é grande: o que um leigo espera de um religioso é que lhe diga como ser cristão. Que na radicalidade da entrega do consagrado, o leigo seja levado a compreender a radicalidade da vocação cristã. Porque a fé nos implica de forma sempre radical. E, por isso, os cristãos não têm uma missão, a igreja não tem uma missão: a igreja é missão e não se pode compreender a si mesma senão enquanto missão.

¿Tu libro: La esperanza del Perdón es un buen regalo?

Tenho esperança de que o seja.

O tema do perdão tem tanto de difícil como de necessário. E nunca é uma história cor-de-rosa. A história do perdão é sempre uma história com todas as cores dos sofrimentos e das alegrias humanas. Não podemos começar a falar do perdão dizendo como ele é bom. Antes de ser bom, o perdão é o reconhecimento de que algo de terrível aconteceu e não pode ser apagado, que nunca mais passará, que deixará para sempre cicatrizes.

Frequentemente dizemos: «Eu perdoo, mas não esqueço». E dizemos bem. Talvez devêssemos dizer: «Eu perdoo precisamente porque não esqueço». É na medida em que não esqueço que o perdão é tão necessário. E tão difícil. Porque é dom oferecido em cima de uma dívida impagável. Imperdoável. E, por isso, o perdão é sempre incondicional: não exige pedido de desculpas, não exige emenda de vida, mesmo se a recomenda. É um dom oferecido sem garantias do que quer que seja. Tão difícil. Tão necessário. Tão bênção.

Espero que o meu livro ajude a vivê-lo.

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Autor

José Manuel Vidal

Periodista y teólogo, es conocido por su labor de información sobre la Iglesia Católica. Dirige Religión Digital.

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