Os recasados estão condenados "canónicamente ao desterro" por estruturas medievais e por um sistema sem misericórdia que está legitimado a usar de "todas as liberdades sexuais", julgadas e condenadas SÓ PELOS PRÓPRIOS EM NOME DE DEUS
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(Paulo Bernardino, doctor).- «Quantas pessoas ainda se interessam pela […] fé cristã? Muitos intitulam-se cristãos, mas não se consideram fiéis da Igreja» (Hans Küng, 1992: 7).
É um paradoxo ou uma heresia, porém hoje fomos surpreendidos por duas notícias contraditórias entre si; com o tema da abstinência sexual para os recasados e a pedofilia «a la garder» para os clérigos na Igreja da Misericórdia. As incoerências são uma criatividade do Espírito e as similitudes: uma verdade da fé.
Estamos a viver uma profunda debandada do «espaço físico da Igreja», num imutável pântano e num «profundo abismo» (Sl, 50) pós-moderno sem «a capacidade geracional e sociológica» de provocar a maiêutica transpessoal de «uma nova voz para o nosso tempo» (PP, 47).
O facto acontece no tempo, mas «fora de tempo»… porém o caos, a falta de criatividade pastoral… dá-se fora do espaço da sacristia e do adro da Igreja. Todavia a Babilónia, Sodoma e Gomorra (Gn 12,1-38), acontecem, «como naturas e perfeição» – no Jardim do Éden.
Os recasados estão condenados «canónicamente ao desterro» por estruturas medievais e por um sistema sem misericórdia que está legitimado a usar de «todas as liberdades sexuais», julgadas e condenadas SÓ PELOS PRÓPRIOS EM NOME DE DEUS.